Na sexta-feira, pela manhã, recebi um telefonema de uma amiga querida perguntando o que faria no fim de semana? Que estava com muita saudade e que gostaria que o Tarcísio e eu fôssemos para uma noite de queijos e vinhos. Conheço esta querida há uns 10 anos. Psicóloga, me encaminhou em minhas dificuldades no processo de aposentadoria e nos projetos do ateliê. Foi de uma importância ímpar, em um momento de transição, a ajuda profissional, desta pessoa rara. Mesmo após a minha "alta", de vez em quando, aparecia em seu consultório para um papo mais sério, uma troca de idéias, um colinho que fosse! Certa feita, quando mandei uma lembrancinha, coisa tola - uma casinha de passarinho minúscula, destas que a gente coloca em vasos - ela me enviou um recadinho de volta : "você já estava pronta, só faltava o peteleco..." Parei com o aconselhamento por um motivo muito, muito especial: nossos filhos começaram a namorar e o nosso relacionamento se estreitando cada dia mais. Passávamos Natal e Ano Novo juntos, e como ela sabe que nossa família é composta de poucos elementos, convidava, também, meu cunhado e a esposa, para que nos sentíssemos acolhidos na Noite Santa e na renovação de esperanças do Novo Ano. Passávamos fins de semana em nossa casa de praia, sempre com muitos risos, conversas e uma cumplicidade que raramente encontramos nos dias de hoje, quando todos trabalham demais, estudam demais e amam de menos. Em nossas vidas, sempre há um espaço para o outro.
Como nada que é perfeito, às vezes, é feito para durar, a necessidade de cursar a Universidade em cidades diferentes e distantes acabou separando o casal de namorados, mas não o afeto, que continua quando ela me liga ou manda um recadinho pelo orkut : "Tia, vou para Bom Jesus, quero te ver...", faço aquele bolo de maçã, que ela adora e passamos momentos muito especiais, juntas, colocando os assuntos em dia, procurando eternizar a ternura. Ele, por sua vez, nas raras vezes que vem em casa, me avisa, como no aniversário:"Mãe, convida o pessoal para o meu aniversário, estou com saudade!"
Esta convivência, este modus vivendi nos aproxima sempre mais e podemos decretar: somos uma grande família.
Mas, deixemos o blábláblá pra lá e vamos ao assunto principal do post. Chegamos às 20 horas, em ponto. Levamos um vinho, pastinhas, torradas. Eles têm um lounge muito aconchegante. Estava tudo perfeito, mesa posta, velas, taças, pães, queijos e vinho, claro!!! O fogo aceso no fogão à lenha, aquecia o ambiente. Vimos DVDs - Fernanda Takai, João Bosco, Lenine e Rita Lee.
Vencidos pelo sono, lá pelas 3 da matina, com abraços e beijinhos, combinamos uma raclete, desta vez aqui em casa, aproveitando os raros tempos de frio da região.
Na volta, ainda no carro, o Tarcísio propôs a construção de uma "lareira"em nosso gazebo.
Convocarei os arquitetos.com.
Bom dia, um beijo
Cláudia
Imagem da internet.
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